Jovens que abandonaram as salas de aula querem retomar os estudos na busca de melhores oportunidades no mercado de trabalho. Isto é o mostra a pesquisa Juventudes Fora da Escola, do Itaú Educação e Trabalho e da Fundação Roberto Marinho, divulgada no dia 11 de março. O levantamento ouviu 1,6 mil jovens entre 15 e 29 anos em todo o país e 73% deles disseram que pretendem concluir a educação básica.
Entre as principais razões para terminar o ensino, os jovens apontam a perspectiva de melhora da condição profissional, seja para ter um emprego melhor (37%) ou arrumar um emprego (15%), seguida pelo desejo de cursar uma faculdade (28%). A pesquisa revela que 62% optaria por aulas noturnas.
“Fica evidente que o trabalho é a chave das escolhas destes jovens. A maioria daqueles que abandonaram a sala de aula foi em busca de trabalho e renda. E, quem quer retomar os estudos, quer também melhores oportunidades no mercado de trabalho ou até mesmo ser inserido nele. Para que isso ocorra, é fundamental uma educação conectada com a realidade enfrentada por estes jovens”, avalia o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira.
Um modelo exclusivo, desenvolvido pelo SESI, tem facilitado o acesso e a conclusão da educação básica para jovens e adultos: 80% das aulas são realizadas a distância, em um ambiente virtual amigável e acessível em computadores e smartphones. “Certificamos os conhecimentos adquiridos pelo estudante durante a sua vida profissional, reduzindo significativamente as taxas de evasão no modelo que desenvolvemos”, explica o gerente de educação básica do SESI, Thiago Korb. Em 2023, a entidade atendeu 12,9 mil jovens e adultos em cursos de educação básica em Santa Catarina.
Outro dado relevante da pesquisa é que 77% dos jovens que deixaram a escola e pretendem concluir o ensino médio têm interesse no ensino técnico. No SESI, por exemplo, o ensino para jovens e adultos proporciona, além da formação básica, também a qualificação profissional com cursos do SENAI, conferindo dupla certificação ao final da formação. Por isso, o programa é chamado de EJA Profissionalizante.
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