Geral
A importância do empreendedorismo feminino
Célio Roberto Velho
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No Brasil, o número de empreendedoras segue crescendo: a porcentagem de novas empreendedoras brasileiras nos últimos anos aumentou 41%, inclusive durante o período de pandemia, em que o setor econômico foi muito prejudicado. O número de mulheres à frente de um negócio no Brasil é superior a 30 milhões — o 7º país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo, segundo dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
Em Santa Catarina, Balneário Camboriú, Itapema e Florianópolis são, respectivamente, as cidades mais empreendedoras do estado, segundo levantamento do Observatório de Negócios do Sebrae/SC. A base de dados leva em conta a relação número de empresas por habitantes, cujas fontes primárias são o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e informações da Receita Federal.
Mulheres empreendedoras contribuem significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, criando negócios e gerando emprego. Além de trazer inovação e diversidade para o mercado, o empreendedorismo feminino amplia as áreas de atuação e fomenta uma competição saudável.
De acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o fechamento das lacunas de gênero na participação no mercado de trabalho poderia aumentar o PIB regional em 6,9% caso houvesse melhor divisão de tarefas de cuidado entre 2016 e 2030.
É importante destacar que empreender proporciona às mulheres maior independência financeira, reduz a dependência econômica de parceiros ou familiares e, por isso, fortalece a posição das mulheres na sociedade, e promove a igualdade de gênero e desafia estereótipos. Entre esses pontos positivos, destaca-se ainda as novas perspectivas para o mundo dos negócios, com foco no fomento à inovação e à criatividade. As empreendedoras tendem a identificar e criar soluções para problemas específicos, muitas vezes negligenciados, atendendo a necessidades reais do mercado.
Em um mundo cada vez mais dominado por algoritmos, serão necessárias habilidades e emoções humanas para aproveitar ao máximo a revolução tecnológica, essa é a aposta da Mintel (empresa que oferece pesquisas e insights de mercado para diversos setores e países) para 2024. Destacamos que as habilidades mais valorizadas do futuro tendem a ser as 100% humanas. Entre elas, tomada de decisão, criatividade, comunicação, resolução de problemas, gestão de crises, colaboração e confiança.
Uma pesquisa conduzida pelo Korn Ferry Hay Group, consultoria global de gestão de negócios, usou dados de mais de 55 mil profissionais espalhados por cerca de 90 diferentes países. A principal conclusão foi que em 11 das 12 competências de inteligência emocional, as mulheres superaram os homens. Isso significa que negócios geridos por mulheres podem ser ainda mais assertivos quando o assunto é habilidade e emoção humana, seja na gestão ou na implementação do conceito de valor emocional e conectivo em serviços e produtos.
Por fim, vale ressaltar que mulheres empreendedoras servem como modelos para empoderamento feminino, inspirando-as a perseguir suas próprias ambições e sonhos. O crescimento do empreendedorismo feminino contribui para a formação de redes de apoio e mentorias, facilitando o acesso a recursos e conhecimentos para novas empreendedoras. Com isso, a visibilidade e o sucesso das mulheres empreendedoras podem influenciar a criação de políticas públicas voltadas ao apoio e incentivo do empreendedorismo feminino além de o tema ser um motor crucial para o progresso econômico, a equidade social e a inovação do Brasil.
Graziela Maria Casas Blaco: Doutoranda em Ciências da Linguagem e Mestre em Gestão de Políticas Púbicas, Graduada em Direito e em Estudos Sociais. Diretora da Faculdade Anhanguera de São José-SC.
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera faz parte da vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho, em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância. Em 2023, passou a ser a principal marca de ensino superior da Cogna Educação, com o processo de unificação das instituições, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno.
A instituição ampliou seu portfólio, disponibilizando novas opções para cursos Livres; preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos.
Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todo o país. A instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais.
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