Célio Roberto Velho
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Desta vez eu não sei,
Para onde tudo vai me levar,
Mas vou bater de frente,
Com a solidão que quer me dominar.
E não irei deixar postergar,
Nada do que é-me viável,
Enquanto o tempo ainda não estiver terminado,
Irei atrás de quem eu me perdi no olhar.
Inconcebível, Inconstante!
Um pedaço bom de mim,
Ficar agora, doravante,
Incompleto por inteiro, e viver com a cicatriz.
De um corpo que só quer sonhar,
Render-se à canção que entoas,
Onde eu possa vir a nadar assim,
Constantemente, na minha própria mente.
Ah, esses lábios tem que dar o que eu quero,
Uma vez que o ósculo que eu espero,
Não é nem começo, muito menos o fim,
No qual as contradições de um coração medíocre,
Sempre ver no amor e no pecado,
A ligação para que eu esteja rente a ti.
Entretanto, só sei dizer uma coisa:
Que nesta mística verdade que carrego,
Á você, vou eternamente pertencer,
Mesmo que veja-me mergulhado,
Subitamente, nas minhas visões.
Não importo-me com o concêntrico ascendente,
Somente com as lágrimas que um dia enxugarei,
Podendo até guardar o teu sorriso num futuro,
Evitando a qualquer custo a dor da ausência,
Quando a utopia afasta-te, inconsequentemente, do meu toque.
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