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Ano de 2023 deve encerrar com alta histórica no número de endividados
Célio Roberto Velho
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Segundo novas informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada em abril deste ano, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a quantidade de pessoas endividadas no Brasil deve encerrar 2023 em alta histórica. O número em abril chegou a 78,3%, acima de abril de 2022 (77,7%).
Para contribuir e diminuir este número, programas governamentais e ferramentas financeiras são usadas para auxiliar na resolução do problema entre credores e devedores. A Lei do Superendividamento é um dos programas. A Lei federal n. 14.181/2021, entrou em vigor em julho e tem como base, promover uma audiência entre o credor e o devedor para renegociar suas dívidas.
Outro projeto que começou no último dia 17/07, é o Desenrola Brasil, programa do atual presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem o objetivo de combater a inadimplência por meio da renegociação de dívidas bancárias e não bancárias com descontos.
Cerca de 70 milhões de brasileiros serão atendidos pelo programa, que oferece medidas de renegociação de dívidas e retirada de cidadãos endividados em até R$ 100 do negativo. Na prática, bancos cadastrados irão pagar a dívida para o credor e fazer um novo empréstimo será feito ao cliente. Uma das exigências para as instituições bancárias é de que a taxa de juros seja de até 1,99% ao mês.
Além destes projetos e programas governamentais para resolver o endividamento das famílias brasileiras, ferramentas financeiras também vêm se tornando exemplos e vem sendo uma solução mais humanizada entre credor e devedor, que é o caso da X por Y, uma plataforma de permutas multilaterais.
Criada em 2014, a plataforma que pode ser usada em todo Brasil, tem o objetivo de mostrar outra alternativa para que profissionais e empresas gerem valor com seus serviços e produtos. O permutante anuncia ofertas de produtos ou serviços na plataforma e a cada venda recebe pagamento do valor do produto em moeda digital, chamada X$, que tem valor equivalente ao Real (cada R$ 1,00 equivale a X$ 1,00). Com o crédito, ele fica livre para adquirir qualquer produto ou serviço ofertado por membros cadastrados na plataforma de qualquer segmento e localidade. Ele pode usar o crédito para pagar uma dívida, se o credor aceitar a alternativa.
Gustavo Lintz é um empreendedor que mora na cidade de Campinas, em São Paulo, é usuário da X por Y há alguns anos e disponibiliza seus serviços de consultoria empresarial dentro da plataforma. Para quitar uma dívida, o usuário usou a plataforma algumas vezes, a última vez foi em julho de 2022, quando devia aproximadamente 25 mil reais, pela compra de equipamentos para sua empresa.
“Conversando com meu credor, disse a ele o meu desejo de pagar minha dívida e o fato de não ter condições no momento. Com isso, apresentei a ele a X por Y, entramos em um consenso e paguei o valor da dívida com meus serviços de consultoria empresarial”.
Ele fez atendimentos na moeda X e transferiu o crédito ao credor. “É mais fácil para o consumidor trocar serviços do que vendê-los. Por meio da plataforma de permutas multilaterais, o recurso acaba chegando mais rápido para solucionar a questão da dívida”, completa.
Gustavo acrescenta que a X por Y foi e está sendo essencial para a manutenção da sua empresa. “Ela aumenta o poder de compra, facilita as negociações e abre a oportunidade de ter novos clientes. Sempre que surge oportunidade, indico o método para amigos e parceiros”.
Para se cadastrar da X por Y, não há custo. Profissionais e empresas podem cadastrar suas ofertas de produtos e serviços gratuitamente, de qualquer segmento de atuação. A precificação deve ser equivalente em reais (R$), mas na moeda digital da plataforma. Quem compra paga o valor na moeda X$ para o vendedor mais 10% em Reais a título de taxa administrativa para a plataforma.
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