Com apoio de uma empresa especializada, a Companhia vem discutindo as diretrizes com representantes da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (FLORAM), do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e da Defesa Civil do Município.

Os estudos mapeiam riscos na região da Lagoa de Evapoinfiltração (LEI), que recebe o efluente tratado do Sistema de Esgoto, com projeções de inundação, e fornece diretrizes para a operação segura da unidade. O plano também traça níveis de estabilidade para a altura da LEI e categoriza possíveis anomalias, desde o nível verde (normal) até o vermelho (mais alto risco). Uma seção de Plano de Ações Emergenciais foi elaborada, com a criação de uma série de protocolos a serem executados para evitar danos em caso de risco iminente.

Em conjunto, os órgãos trabalham em refinamentos do projeto para aprovação pela FLORAM. O processo de implementação do Plano também incluirá um treinamento junto à população para conhecimento das ações. Após a execução, será colocada em operação a segunda Lagoa de Evapoinfiltração da CASAN no local, que atualmente está seca.

“O desenvolvimento do Plano de Barragem é uma oportunidade da CASAN demonstrar o seu esforço para reforçar a segurança de todos os agentes envolvidos com a Lagoa de Evapoinfiltração”, destaca o chefe de Agência de Grande Porte da Região Metropolitana, Filipe Alcioní Silva.

A bióloga e chefe do departamento de Licenciamento Ambiental da FLORAM, Alessandra Pellizzaro Bento, também considera o processo de construção do plano de forma positiva. “Precisamos garantir a segurança dessa estrutura de utilidade pública e tem sido muito importante alinhar ações e encaminhamentos entre a Fundação e a CASAN”, avalia Alessandra.

Recuperação Ambiental

O Plano de Segurança de Barragem é mais uma ação para a região da Lagoa da Conceição, onde desde 2021 a CASAN desenvolve um Plano de Recuperação Ambiental. Um muro verde de contenção foi construído às margens da Lagoa de Evapoinfiltração, que também passou por dragagem do fundo lamo-arenoso.

Além disso, foram executados estudos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos para avaliar os taludes da LEI, definir os níveis operacionais de água dessa estrutura e obter garantias para estabilidade das dunas, seu monitoramento e conservação. A CASAN ainda modernizou o processo de depuração da Estação de Tratamento de Esgotos da  Lagoa, o que garante elevado padrão de qualidade do efluente final.

Atualmente os trabalhos na região são de reforço dos taludes de dunas, para que a partir de dezembro prossiga a recuperação da vegetação de restinga. O investimento nas diversas ações já executadas, e em andamento, chegam a R$ 27 milhões.