Conforme o último mê do ano se aproximam, é fundamental que os investidores façam uma análise cautelosa em relação aos seus investimentos. A dinâmica do mercado apresenta desafios e é preciso estar atento para a relação entre a receita e a despesa para evitar surpresas indesejadas.
Eles devem estar atentos a alguns fatores importantes para suas decisões. De acordo com Carolina Borges, head e especialista em fundos imobiliários da EQI Research, o ouro, por exemplo, alcançou máximas históricas, sendo procurado por aqueles que buscam proteção patrimonial em tempos de incerteza. A alta demanda reflete os riscos geopolíticos, como conflitos e a desaceleração da economia chinesa (mesmo com o anúncio recente de pacotes de incentivos), que afetam o mercado global e, indiretamente, empresas brasileiras. Além disso, o mercado de petróleo tem oscilado, enquanto as eleições americanas, que se aproximam, trazem dúvidas que impactam tanto o mercado dos Estados Unidos quanto o doméstico. Diante desse cenário, os perfis de investidores podem adotar estratégias específicas de alocação de recursos. A especialista da EQI indica que para os conservadores, uma carteira com 90% em renda fixa e 10% no exterior é recomendada, visando retornos previsíveis e menor volatilidade. Já os moderados, podem diversificar com 65% em renda fixa, 20% em fundos imobiliários e 10% no exterior, adicionando também uma pequena parcela em ações. Os investidores mais arrojados, por sua vez, conseguem buscar retornos superiores ao alocar 55% em renda fixa, 15% em ações e 10% no exterior, assumindo maior volatilidade em suas carteiras. Para maximizar as oportunidades de investimento até o final do ano, é imprescindível diversificar a carteira. Em fundos imobiliários, o crescimento dos fundos de shoppings e o desempenho consistente de galpões logísticos tornam a diversificação ainda mais relevante. Além disso, os fundos de papel, que têm demonstrado desempenho superior, são uma alternativa para investidores que buscam carteiras mais estáveis. “Esse é um ponto que vale ressaltar: diversifique o portfólio, não aposte todos os ovos em uma única cesta, especialmente em tempos de incertezas econômicas e alta de juros. Muitos investidores buscam renda passiva com uma grande parte de seus investimentos alocados em fundos imobiliários, o que irá resultar em maior volatilidade em um cenário de juros elevados. Aplicar em outros instrumentos que também oferecem renda passiva, como renda fixa e ações que pagam dividendos, pode ajudar a reduzir a volatilidade da carteira. Para perfis moderados e agressivos, recomenda-se que no máximo 20% da carteira esteja em fundos imobiliários, aproveitando oportunidades que o mercado oferece, mas mantendo um equilíbrio com outros ativos”, orienta Borges. Além dos fundos imobiliários, os títulos públicos, especialmente pós-fixados, têm se mostrado atraentes, dado o ciclo de alta da taxa Selic. Eles, como o Tesouro Selic, oferecem liquidez e rendimento está atrelado à taxa de juros, tornando-se uma boa opção para perfis conservadores e moderados. Já para quem busca maior rentabilidade, os títulos pré-fixados de prazo intermediário podem proporcionar ganhos significativos com a queda esperada dos juros no futuro, enquanto o Tesouro IPCA+, que garante uma rentabilidade real ao longo do tempo, também pode ser uma excelente opção para diversificar e proteger a carteira de investimentos. Carolina Borges alerta que, para quem busca investir em fundos imobiliários, a orientação é ser cauteloso. “Em um cenário de juros altos, o retorno exigido para os ativos de risco é superior e é preciso estar preparado para um horizonte de maturação mais longo. Diversos fundos imobiliários têm mostrado resiliência, é até aumento da renda por cota, mas a exigência de uma maior rentabilidade reforça a necessidade de uma análise criteriosa antes de investir”, explica. Para investidores que estão começando ou que desejam reavaliar suas carteiras, a utilização de ferramentas de comparação de investimentos pode facilitar a tomada de decisões informadas, permitindo que se adequem às condições do mercado e maximizem suas oportunidades de retorno até o final do ano.
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação
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