Ambientalistas defendem que a licença de exploração não ocorra antes de uma análise multidisciplinar, com abrangência regional, para verificar os possíveis impactos na extração do ‘novo pré-sal'.
Segundo Marcus Nakagawa, coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS) e professor de Responsabilidade Socioambiental, Sustentabilidade e Ética da ESPM, o desenvolvimento sustentável é fundamental para o Brasil. “Tomar decisões puramente por meio de questões econômicas e não levando em consideração questões técnicas e de conhecimentos dos impactos ambientais e sociais podem causar grandes prejuízos ao meio ambiente. Isso é um modelo antigo de gestão”.
A costa amazônica é um local estratégico para a conservação da biodiversidade e caso a exploração seja autorizada sem avaliar os critérios técnicos ambientais, poderá afetar no aumento das emissões de gases de efeito estufa e retirar investimentos destinados a fontes de energia renováveis para campos de petróleo.
“Tanto a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, quanto Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, sinalizaram a necessidade de avaliação integrada da bacia da foz do Amazonas. Nesse cabo de guerra, na outra ponta está o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que defende que as avaliações técnicas do Ministério indicam ser possível o desenvolvimento sustentável na região. Questões ambientais não devem ser analisadas por lucro e pelo lucro, pois esse critério já não são faz mais parte da modernidade”, diz Nakagawa.
O especialista está disponível para comentar o assunto.
Comentários: