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Dengue preocupa SC e especialista alerta para os sintomas e cuidados com a doença; Estado já teve 272 mortes
Célio Roberto Velho
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O estado de Santa Catarina possui algumas regiões com cobertura vacinal abaixo dos 50%. Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), a região Nordeste possui 40,25%, Grande Florianópolis possui 24%, Médio Vale do Itajaí possui 13,93% e Oeste possui 13,45% da cobertura vacinal. No primeiro semestre deste ano foram identificados 46.629 focos do mosquito Aedes aegypti em 254 dos 295 municípios de SC, sendo 272 mortes.
Para Me. Fábila Fernanda dos Passos da Rosa, coordenadora do curso de Enfermagem, a umidade alta e os dias chuvosos, com alguns pontos de calor, têm sido o cenário ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti e, por isso, a vacinação é essencial. “A vacina contra a dengue pode ajudar a reduzir a incidência da doença que, por consequência, diminui o número de casos novos e a propagação do vírus”.
A especialista destaca ainda, que a dengue pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, dores de cabeça, erupções cutâneas e fadiga. “É essencial educar as pessoas sobre o tema, de forma que se sintam incentivadas a procurar assistência médica imediata a partir do momento em que apresentarem os sintomas, adotando medidas preventivas, garantindo o diagnóstico e tratamento da doença adequado, inclusive a vacinação”, afirma a especialista.
Fábila acrescenta que é importante observar os sinais respiratórios e gripais. “A dor de garganta, congestão nasal, tosse seca, coriza etc., são comuns na Covid-19, mas isso não é frequente nas arboviroses”, exemplifica.
Segundo Me. Fábila, entre os sintomas diferenciadores está a presença de manchas vermelhas na pele (petéquias), que pode ser um sinal distintivo da dengue. “Além disso, outra característica dessa doença é dor intensa nas articulações. Entretanto, a confirmação do diagnóstico de dengue geralmente só é feita através de exames de sangue, como o teste de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para detectar o RNA viral ou testes sorológicos para detectar anticorpos específicos. Portanto, o diagnóstico diferencial é essencial para descartar outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, como malária, febre chikungunya, febre amarela, entre outras”, explica.
A especialista reforça ainda, que ao apresentar sintomas, o indivíduo deve procurar um pronto-atendimento o mais rápido possível para a realização de exames laboratoriais específicos para o tratamento adequado.
Por fim, Fábila dá algumas dicas para evitar a proliferação do mosquito e evitar a doença. Confira:
Elimine água parada: Verificar se não há nenhum objeto que possa acumular água, como pneus, garrafas, latas, baldes, entre outros, além de manter as calhas limpas e sem obstruções e verificando se não há vazamentos de água.
Instale telas de proteção: Instale telas nas janelas e portas para impedir a entrada do mosquito da dengue em sua casa.
Mantenha a piscina limpa: A piscina é um local comum para o acúmulo de água parada. Certifique-se de manter a água limpa e tratada com produtos químicos adequados.
Manter o Ambiente Limpo: Manter o ambiente ao redor de casa limpo e livre de entulhos. Manter o quintal e os jardins aparados e sem acúmulo de folhas e detritos.
Uso de Repelentes: Aplicar regularmente repelentes de mosquitos na pele exposta. Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos estão mais ativos. Além disso, a sugestão é usar larvicidas e inseticidas em recipiente de água que não possam ser eliminados, como caixas d’água.
Cuidados Especiais durante Viagens: Utilizar telas em janelas e portas em áreas onde a dengue é endêmica. Utilizar repelentes e roupas protetoras durante atividades ao ar livre em áreas propensas à dengue.
Cooperar com as campanhas de prevenção: Participar de campanhas de prevenção promovidas pelo governo e por organizações locais é uma forma de ajudar a prevenir a proliferação do mosquito da dengue em sua comunidade.
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