A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) aponta que algumas clínicas do estado começam a sentir aumento no interesse pela vacinação contra a doença, visto que o imunizante ainda só está disponível na rede privada.
“Estamos orientando as pessoas a irem até as salas de vacinação para verificarem se podem ou não se vacinar, visto que o imunizante atualmente disponível é recomendado para pessoas que já tiveram dengue, de 6 a 45 anos”, explica a presidente do Conselho de Administração da ABCVAC, Fabiana Funk, que ressalta ainda que as vacinas são seguras e aprovadas pelos órgãos reguladores e que para efetuar a vacinação é necessário exame sorológico positivo para Dengue e orientação médica.
O mercado privado espera a disponibilização de uma nova vacina, a Qdenga, primeira para um público amplo, de 4 a 60 anos, e sem a necessidade de já ter sido exposto ao vírus. Ela já foi aprovada pela Anvisa, e para a aplicação no público ainda é necessária a aprovação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Situação epidemiológica de dengue
Foram registrados, até março deste ano, 3.044 casos da doença em SC, segundo o último boletim epidemiológico do estado. Com relação ao país, os dados mais recentes mostram o aumento da incidência de casos de dengue: 190 casos para cada 100 mil habitantes, um aumento de 53% em relação ao mesmo período do ano passado.
São mais de 4 mil casos graves computados na semana epidemiológica número 11 do boletim do Ministério da Saúde de 24 de março deste ano. Ainda de acordo com o boletim, “o número de casos prováveis de dengue e chikungunya notificados Brasil em 2023 (SE 1 a SE 11) ultrapassaram o limite máximo esperado, considerando a série histórica, caracterizando situação de epidemia, com tendência de aumento nas próximas semanas e transmissão sustentada no país”.
Influenza também merece atenção: vacinação já está disponível na rede privada
Vale alertar que a Influenza apresenta aumento crescente de casos da doença. A campanha de vacinação na rede privada já começou, com a vacina tetravalente, produzidas por dois laboratórios (Abbot e MSD) e composta por antígenos contra as cepas A (H1N1), A/(H3N2) e B Victoriae Yamagata. Segundo o Influenza Laboratory Surveillance Information (ILSI), programa de vigilância da influenza da Organização Mundial da Saúde (OMS) responsável por coletar informações de laboratórios em todo o mundo sobre a atividade e a circulação do vírus influenza, desde o final de janeiro de 2023 as cepas relacionadas ao tipo B (Victoria) da Influenza estão tendo mais incidência no Brasil do que os outros subtipos.
O setor privado espera, para abril, a chegada da primeira vacina de alta proteção para gripe, indicada para o público com mais de 60 anos.
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