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Diabetes e câncer: é preciso ficar atento aos riscos e cuidados
Célio Roberto Velho
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O Brasil já tem em torno de 20 milhões de pessoas diabéticas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes. Essa doença, causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, deve ser acompanhada com atenção. Além de piorar o desfecho de outras enfermidades, aumenta em cerca de 10% a probabilidade de desenvolvimento de alguns tipos de neoplasia ao longo da vida. “Especialmente câncer de cólon e de mama têm mais chance de ocorrer em pacientes com diabetes”, alerta Rodrigo Rovere, oncologista clínico da Oncoclínicas Grande Florianópolis.
O câncer e o diabetes compartilham alguns fatores de risco, como envelhecimento, obesidade e sedentarismo. Além disso, o paciente oncológico também pode, eventualmente, desenvolver essa doença, às vezes como consequência de tratamentos que ao atacarem as células do tumor, podem atingir o pâncreas fazendo com que a produção de insulina seja reduzida. “Nessas situações, o tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo também endocrinologista e nutricionista”, afirma o oncologista.
Os principais indícios do diabetes são: muita sede e fome, necessidade de urinar várias vezes ao dia, cansaço e alterações de peso e humor. No entanto, como é uma assintomática, muitas vezes essas mudanças podem ser confundidas com outras causas. Por isso, é importante agendar uma consulta com o médico para uma avaliação detalhada. A melhor forma de prevenção é a prática regular de atividades físicas, manter uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool e tabaco. Hábitos saudáveis contribuem também para diminuir os riscos de câncer.
Diferentes tipos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta, o que faz com que pouca ou nenhuma insulina seja liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
O Tipo 2 surge quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou a produção é insuficiente para controlar a taxa de glicemia. Atinge cerca de 90% das pessoas com diabetes.. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas também pode ocorrer em crianças. Dependendo da gravidade, pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
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