Encerrada na última terça-feira, 05, em Santos (SP), a reunião do Plano de Manejo e Conservação (CMP) das Baleias-Francas do Atlântico Sul Ocidental, estabelecido pela Comissão Internacional da Baleia (IWC). O ProFRANCA, de Imbituba (SC) – região com a maior incidência da espécie – apresentou os resultados preliminares de pesquisas realizadas nos últimos dois anos. O estudo foi possível graças ao patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental.
O CMP, criado em 2012, envolve cientistas, propositores de políticas públicas e outras partes interessadas na conservação da baleia-franca da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, vizinhos que também recebem grande número entre julho e novembro de cada ano. “A ideia do encontro é proteger o habitat, minimizar as ameaças e maximizar a recuperação desses gigantes gentis que visitam nosso litoral. O motivo é óbvio, já que os números foram drasticamente reduzidos, primeiro pela caça comercial e depois pela caça ilegal, uma triste herança de décadas”, explica Karina Groch, diretora do ProFRANCA.
Se a caça foi reduzida e a cada ano as baleias vêm em maior número no Atlântico Sul, elas ainda enfrentam uma série de ameaças, como o enredamento em artes de pesca, colisão com embarcações, poluição e a proliferação de algas produtoras de toxinas na água.
A reunião estabeleceu ações prioritárias - e o próximo workshop avaliará o progresso em relação a cada uma delas. Elas compreendem desde a marcação por satélite, a fim de aprender mais sobre as rotas e o comportamento da migração, até à formação e capacitação em resposta aos encalhes e seus motivos.
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