A especialista aponta que a mortalidade desse tipo de acidente geralmente está mais associada aos traumas em outros órgãos; no entanto, a pressão de uma bexiga cheia pode, sim, aumentar a possibilidade do rompimento ou perfuração da própria bexiga, em caso de acidentes. “Esses tipos de traumas podem acontecer mesmo com a bexiga vazia, porém, a bexiga cheia pode agravar essas complicações no momento da colisão”, ressalta.
Quando vazia, a bexiga fica atrás do púbis, osso acima da região genital. Ao se encher, a bexiga fica mais tensa e ultrapassa os limites do púbis em direção ao umbigo, o que facilita um rompimento em caso de impacto na barriga - que pode ser causado pelo próprio cinto de segurança, airbag ou, pior, se a pessoa for projetada para frente do veículo por estar sem cinto.
"Quando a bexiga está vazia, o osso da bacia pode romper ou perfurar o órgão. Mas, quando cheia, ela pode estourar e deixar a urina vazar para dentro da cavidade abdominal mesmo com traumatismo de menor impacto e sem fratura do osso", esclarece Mariane. Se isso acontecer, a urina pode facilmente ser infectada por bactérias e causar sepse, doença responsável por uma a cada cinco mortes em todo o mundo.
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