Portal de Notícias

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2024
Por que a competitividade do Brasil é uma das piores do mundo?

Geral

Por que a competitividade do Brasil é uma das piores do mundo?

IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
A competitividade de um país é medida por uma série de índices e indicadores que avaliam a capacidade de competir efetivamente em um contexto global. Essas medidas levam em consideração fatores econômicos, institucionais, sociais e tecnológicos.
O Brasil ficou na 60ª posição na mais recente edição do Anuário de Competitividade do IMD (Escola de Administração de Lausanne, na Suíça) que avaliou 64 países. Ficamos à frente apenas da África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela. Assim como nos anos anteriores, seguimos entre as nações menos competitivas do mundo. Em termos práticos, são necessários quatro brasileiros para produzir o mesmo que um norte-americano. Este dado escancara a falta de produtividade nacional. Se olharmos o cenário e nada for feito, a situação tende a ficar ainda pior. O relatório "O Futuro do Trabalho 2023", do Fórum Econômico Mundial (WEF), mostra que os empregadores estimam que 44% das habilidades dos trabalhadores serão alteradas nos próximos 5 anos e 60% da atual força de trabalho demandará treinamento antes de 2027. De acordo com o Mapa do Trabalho 2022-2025, organizado pela CNI, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de trabalhadores em ocupações industriais até 2025, fazendo grandes investimentos em formação inicial e continuada, presencial e online. Nosso país continua sendo atrativo como mercado potencial, mas não consegue desenvolver as condições para ser competitivo. Os países competitivos possuem uma elevada e estável performance de produtividade e um sistema de educação forte e consolidado em conjunto com uma estrutura tecnológica focada em inovação. Na lista de competitividade, que ao todo compara 20 fatores, o Brasil ocupa o último lugar quando o tema analisado é educação, o que influenciou no cálculo que definiu a posição do país no ranking do IMD. A relação entre competitividade de um país e educação é amplamente reconhecida e estudada pelos especialistas em economia e desenvolvimento. Países com alta competitividade conseguem atrair e reter os melhores talentos porque possuem os melhores programas de educação, capacitação e treinamento e, por consequência, têm melhor remuneração da mão de obra. A educação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de uma força de trabalho qualificada, inovadora e produtiva, que por sua vez impulsiona a competitividade econômica de um país. Empresas internacionais procuram locais onde possam encontrar trabalhadores qualificados e treinados, e a qualidade da educação é um fator-chave nessa decisão. A educação proporciona às pessoas as habilidades técnicas e os conhecimentos necessários para desempenhar suas funções de maneira eficiente. Quanto mais treinada e desenvolvida é a força de trabalho de um país, maior é a probabilidade de ter trabalhadores com competências específicas, capacitados para utilizar tecnologias avançadas e executar tarefas complexas. Essas habilidades e conhecimentos aprimorados contribuem para um aumento na produtividade no país. Um sistema educacional robusto e de qualidade ajuda a capacitar os cidadãos com as habilidades necessárias para se tornarem trabalhadores produtivos em setores competitivos. A educação também desempenha um papel importante na promoção da inovação e do progresso tecnológico. Países com sistemas educacionais fortes têm uma base sólida de cientistas, engenheiros, pesquisadores e empreendedores capazes de gerar e aplicar novas ideias, impulsionando o desenvolvimento de setores de alta tecnologia e aumentando a competitividade em nível global. A competitividade de um país está intrinsecamente ligada à educação de sua população. Um sistema de ensino sólido é um fator crítico para impulsionar a inovação, a produtividade e a atração de investimentos, criando as bases para um crescimento econômico sustentável e uma posição vantajosa em um ambiente globalmente competitivo. Investir em educação, treinamento e desenvolvimento é impulsionar o crescimento econômico e alcançar níveis mais altos de produtividade e, consequentemente, de competitividade. Por Luiz Alberto Ferla
Comentários:
Célio Roberto Velho

Publicado por:

Célio Roberto Velho

Saiba Mais
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )