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Profissionais do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) e dois pacientes do Serviço de Hepatologia participaram na última quinta-feira, 8 de dezembro, de um procedimento inédito no HU para tratamento de câncer de fígado. Trata-se de uma técnica denominada Ablação por Radiofrequência, um procedimento não cirúrgico, que é uma das modalidades de tratamento para o carcinoma hepatocelular (CHC).
A hepatologista Monique Vilela, que integra a equipe, disse que a execução deste procedimento é uma oportunidade para que os profissionais e acadêmicos do HU/UFSC tenham acesso a mais esta ferramenta para tratamento de hepatocarcinoma, considerando o papel do hospital universitário na formação e qualificação de pessoal especializado em alta complexidade na área de saúde.
O HU é referência em transplante de fígado, que é uma das indicações de tratamento para pacientes com hepatocarcinoma, sendo que os pacientes transplantados são acompanhados pela equipe multiprofissional após o transplante. Além do transplante, o Hospital também oferece tratamento do CHC por quimioembolização e ressecção cirúrgica, de acordo com a indicação para cada caso.
A médica explicou que a Ablação por Radiofrequência é uma das modalidade de tratamento para curar o câncer de fígado, mas que não trata a doença hepática crônica (cirrose) e foi executada na Unidade de Diagnóstico por Imagem e Diagnósticos Especializados, pelo médico radiologista intervencionista Lucas V. Pazinato. Participaram da execução do procedimento, além do Serviço de Radiologia, o serviço de Gastroenterologia e Hepatologia, Unidade de Laboratório de Análises Clínicas, Unidade de Hematologia, Hemoterapia e Oncologia, Regulação e toda a equipe multiprofissional, composta por médicos das diferentes áreas, profissionais da enfermagem, engenharia clínica e técnicos administrativos.
Os dois pacientes do Serviço Único de Saúde (SUS) que passaram pelo procedimento são atendidos no Ambulatório de Hepatologia do HU. O procedimento é realizado sob anestesia geral, tem duração de aproximadamente 1 hora. Após a ablação, um dos os pacientes permaneceu em observação por algumas horas no hospital e teve alta no mesmo dia. O outro paciente ficou internado até o dia seguinte e então recebeu alta.
“Este tipo de iniciativa, resultado do empenho do dr. Lucas Pazinato em conjunto com serviço de hepatologia e demais membros da equipe multiprofissional, é importante para que os profissionais e acadêmicos que atuam no HU possam conhecer, na prática, este procedimento, que pode ser uma alternativa ao transplante hepático, em casos selecionados”, disse Monique Vilela.
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