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Domingo, 19 de Janeiro de 2025
Puxada por serviços, IPCA de fevereiro vem acima do esperado

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Puxada por serviços, IPCA de fevereiro vem acima do esperado

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Depois de ligeira queda em janeiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou de 0,53% para 0,84% em fevereiro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. Esse resultado veio acima da nossa projeção (0,77%) e do mercado (0,78%).

Essa aceleração sazonal já era esperada e reflete a alta de preços do grupo Educação (6,28%), que registrou o maior aumento desde 2004. Isso acontece porque os reajustes das mensalidades escolares são computados na inflação de fevereiro, mas não configuram uma tendência para os próximos meses.

Quando a gente olha o IPCA por dentro, ele veio um pouco pior que o esperado: tanto a inflação de serviços (1,41%) quanto a de bens industriais (0,54%) vieram acima do que prevíamos.

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Daqui para a frente, devemos observar uma desaceleração da inflação de serviços, mas a passos muito lentos, enquanto a de bens industriais deve diminuir em ritmo um pouco mais forte. No caso de bens industriais, o processo de desinflação já vem sendo medido há meses pelo IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), indicando que a queda do atacado será repassada ao consumidor em algum momento.

Na nossa visão, a inflação deve continuar desacelerando lentamente, principalmente em função de serviços, que continua pressionado pela melhora do mercado de trabalho e sofre os efeitos da inércia inflacionária.

Mês a mês, a inflação acumulada em 12 meses vem desacelerando e atingiu 5,60% em fevereiro. Nossa projeção é que o IPCA continue contraindo nessa métrica nos próximos meses, chegando a uma alta acumulada em 12 meses de 4% em junho.

A partir do segundo semestre, entretanto, quando o efeito da redução de impostos de 2022 tiver se dissipado – quando ele sair da base do IPCA – a tendência é que a inflação em 12 meses volte a subir.

Para 2023, nossa projeção é que o indicador oficial de inflação do país termine o ano em 5,8%. As recentes medidas de reoneração dos combustíveis anunciadas pelo governo devem trazer um impacto de cerca de 0,40 ponto no IPCA de 2023. Para 2024 esperamos que a inflação desacelere lentamente e atinja 5%

Comentários:
Célio Roberto Velho

Publicado por:

Célio Roberto Velho

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