O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, celebra a boa colocação do estado no ranking e destaca a participação da indústria na economia acima da média nacional (27% contra 22,5%) como fator essencial para o bom resultado.
A segunda posição geral repete o desempenho de 2022, inclusive em relação às lideranças nas áreas de Segurança Pública e Sustentabilidade Social. De novidade, houve um avanço de 23 posições no tema Capital Humano, onde o estado saltou da 24ª para a primeira colocação, decorrente de mudança nos critérios para definição do ranking.
Capital Humano
Os estados mais bem colocados neste tema foram SC, DF e MS, nessa ordem. Em relação à edição passada, Santa Catarina subiu 23 posições, em virtude das colocações favoráveis nos novos indicadores de Formalidade do Mercado de Trabalho (1ª), Inserção Econômica (1ª) e Inserção Econômica dos Jovens (1ª). Neste tema, Aguiar chama a atenção para dois pontos que destoam na boa avaliação do Capital Humano do estado: Produtividade do Trabalho (6°) e Qualificação dos Trabalhadores (5º).
“Educação e produtividade são fatores que estão totalmente interligados, como observamos no dia a dia das nossas indústrias. Por isso o investimento na educação básica é fundamental e as lideranças catarinenses devem estar atentas a isso”, afirma Aguiar.
O estudo é elaborado desde 2011 pelo Centro de Liderança Política e tem como objetivo “gerar diagnósticos e direcionamentos para a atuação dos líderes públicos estaduais”.
A classificação no ranking considera pontos distribuídos entre 99 indicadores relacionados a 10 temas: Infraestrutura, Sustentabilidade Social e Ambiental, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Potencial de Mercado e Inovação. Confira alguns outros destaques:
Infraestrutura
O ranking destaca que a crônica deficiência de infraestrutura é, juntamente com a deficiência na educação, um dos principais desafios para a melhora da competitividade do País. O quadro é reflexo direto do baixo nível de investimento. Enquanto o Brasil investia mais de 5% do PIB em infraestrutura na década de 1970, na última década, a taxa recuou para pouco mais de 2% do PIB.
“Investir na melhoria da infraestrutura, especialmente a rodoviária, é uma das questões mais importantes para podermos buscar a primeira posição no ranking. Só assim poderemos garantir a manutenção da competitividade da nossa indústria e, por consequência, o modelo de produção que assegura o desenvolvimento do estado”, diz Aguiar.
Ele explica que o estado ocupa boa posição no ranking CLP no quesito infraestrutura, apesar das condições precárias das rodovias, em função da metodologia do estudo. Além da qualidade das rodovias, o índice é composto por temas como acessibilidade e custo dos serviços de telecomunicações; custo dos combustíveis, custo do saneamento básico, disponibilidade de voos, acesso, custo e qualidade da energia elétrica; além de estrutura (backhaul) de fibra óptica. “No âmbito da infraestrutura, é importante também destacar o diferencial dos portos catarinenses, que estão entre os mais competitivos do país”, completa.
Inovação
Em seu relatório, o estudo lembra que a teoria econômica moderna considera a inovação peça-chave para o crescimento e desenvolvimento econômico de longo prazo, pois ela promove ganhos de produtividade que permitem às pessoas e organizações produzirem mais, novos e melhores produtos e serviços a custos menores para um dado nível de insumos (fatores) produtivos. O ambiente ideal para o surgimento de inovações combina a presença de competição com ações de fomento à pesquisa e desenvolvimento (P&D).
As UFs mais bem colocadas, neste pilar, foram SP, RS e SC, nessa ordem. Em relação à edição passada, houve troca de posição entre os primeiros colocados, com São Paulo atingindo a 1ª colocação e Rio Grande do Sul recuando para a 2ª. Além disso, Santa Catarina subiu da 4ª para a 3ª colocação.
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