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SC registra em aumento de 650% nos casos de Dengue em 2024; Especialista alerta sobre os sintomas e cuidados com a doença
Célio Roberto Velho
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Desde 31 de dezembro de 2023, Santa Catarina já registrou mais de 31.235 notificações de dengue, sendo 17.696 o número de casos considerados prováveis e oito óbitos. O levantamento é da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) e representa um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado. O Governo do Estado decretou situação de emergência de saúde pública em todo o território catarinense.
O calor, a umidade alta e os dias chuvosos são ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera de São José, Me. Fábila Fernanda dos Passos da Rosa, as reações da Dengue no organismo podem ser confundidas, e é preciso atenção para distingui-las.
“A dengue pode causar sintomas como febre alta, dores musculares, dores de cabeça, erupções cutâneas e fadiga. É essencial educar as pessoas sobre o tema, de forma que se sintam incentivadas a procurar assistência médica imediata a partir do momento em que apresentarem os sintomas, adotando medidas preventivas, garantindo o diagnóstico e tratamento da doença adequado”, afirma a especialista.
A docente acrescenta que é importante observar os sinais respiratórios e gripais. “A dor de garganta, congestão nasal, tosse seca, coriza etc., são comuns na Covid-19, mas isso não é frequente nas arboviroses”, exemplifica.
Segundo Me. Fábila, entre os sintomas diferenciadores está a presença de manchas vermelhas na pele (petéquias), que pode ser um sinal distintivo da dengue. “Além disso, outra característica dessa doença é dor intensa nas articulações. Entretanto, a confirmação do diagnóstico de dengue geralmente só é feita através de exames de sangue, como o teste de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para detectar o RNA viral ou testes sorológicos para detectar anticorpos específicos. Portanto, o diagnóstico diferencial é essencial para descartar outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, como malária, febre chikungunya, febre amarela, entre outras”, explica.
A especialista reforça ainda, que ao apresentar sintomas, o indivíduo deve procurar um pronto-atendimento o mais rápido possível para a realização de exames laboratoriais específicos para o tratamento adequado.
Por fim, Fábila dá algumas dicas para evitar a proliferação do mosquito e evitar a doença. Confira:
Elimine água parada: Verificar se não há nenhum objeto que possa acumular água, como pneus, garrafas, latas, baldes, entre outros, além de manter as calhas limpas e sem obstruções e verificando se não há vazamentos de água.
Instale telas de proteção: Instale telas nas janelas e portas para impedir a entrada do mosquito da dengue em sua casa.
Mantenha a piscina limpa: A piscina é um local comum para o acúmulo de água parada. Certifique-se de manter a água limpa e tratada com produtos químicos adequados.
Manter o Ambiente Limpo: Manter o ambiente ao redor de casa limpo e livre de entulhos. Manter o quintal e os jardins aparados e sem acúmulo de folhas e detritos.
Uso de Repelentes: Aplicar regularmente repelentes de mosquitos na pele exposta. Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos estão mais ativos. Além disso, a sugestão é usar larvicidas e inseticidas em recipiente de água que não possam ser eliminados, como caixas d’água.
Cuidados Especiais durante Viagens: Utilizar telas em janelas e portas em áreas onde a dengue é endêmica. Utilizar repelentes e roupas protetoras durante atividades ao ar livre em áreas propensas à dengue.
Cooperar com as campanhas de prevenção: Participar de campanhas de prevenção promovidas pelo governo e por organizações locais é uma forma de ajudar a prevenir a proliferação do mosquito da dengue em sua comunidade.
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