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Tuberculose é curável, mas número de casos notificados ainda preocupa
Célio Roberto Velho
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O Dia Mundial de Combate à Tuberculose acontece anualmente em 24 de março. A data representa um convite para reforçar estratégias de coibição da doença, assim como compartilhar com a sociedade informações orientativas. A tuberculose é uma doença infeciosa e transmissível que afeta, principalmente, os pulmões. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, a cada ano cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, contabilizando mais de um milhão de óbitos anuais. Quando abrimos os números direcionados ao Brasil, os dados apontam que são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e cerca de 4,5 mil mortes por causa da doença.
Nesse cenário, a eliminação da tuberculose até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Cabe dizer que se trata de uma doença curável desde que o tratamento seja realizado corretamente. Os sintomas mais comuns da doença incluem tosse por mais de 3 semanas, febre vespertina, dor no peito, escarro de sangue, falta de apetite e emagrecimento. Pessoas privadas de liberdade, em situação de rua, condições precárias de habitação, assim como diabéticos, imunodeprimido e fumantes são alguns dos principais públicos atingidos com a enfermidade.
De acordo com Sara Machado, doutora em saúde coletiva e professora da Wyden, a prevenção é feita por meio da vacina BCG, recomendada para aplicação no primeiro mês de vida da criança. Nos casos confirmados, ela pontua que a adesão ao tratamento e realização dos exames periódicos são fundamentais para o acompanhamento da evolução da doença. É preciso “observar o aparecimento de reações adversas dos medicamentos utilizados no tratamento; verificar outras comorbidades associadas, como o HIV; analisar se o paciente possui alteração da função renal, hepatopatia crônica ou resistência às drogas utilizadas no tratamento que possam contraindicar o tratamento padrão, por exemplo”.
Segundo o médico pneumologista e professor do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Antônio de Deus, é fundamental fazer o diagnóstico precoce dos casos suspeitos. Com isso se refere “às pessoas com queixas de tosse por mais de 3 semanas, associada ou não a outros sintomas”, explica. O médico acrescenta que o “tratamento é gratuito e só existe na rede pública. De modo geral, tem em média a duração de seis meses e feito à base de comprimidos”, ressalta. “Além disso, devemos chamar atenção para essa doença que acomete mais de 70 mil pessoas no Brasil e mais de mil no Piauí”, endossa Antônio.
Cuidados básicos são indispensáveis para combate à doença
Para evitar a contaminação, alguns cuidados são fundamentais visando proporcionar um tratamento controlado e sem grandes riscos às pessoas próximas. A enfermeira Sandra compartilha que é indispensável manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar. Além disso, “o portador da doença deve proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse) e higienização das mãos, pois até 15 dias do tratamento ainda é possível transmitir a doença”, orienta.
Por fim, é importante reiterar que a tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis que, por sua vez, é uma bactéria que quase sempre afeta os pulmões. Por ser transmitida de pessoa para pessoa através do ar é mais fácil a sua contaminação, por isso os cuidados necessários para prevenção e controle da doença. As pessoas que apresentarem sintomas devem procurar uma unidade de saúde para exames e tratamento nos casos confirmados.
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