Régis Bergamaschi, professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, aponta os benefícios e alerta a importância de os tutores manterem o acompanhamento convencional O uso de terapias integrativas na medicina veterinária está em ascensão no Brasil, refletindo uma mudança significativa nas práticas de cuidados de saúde para animais de estimação. Segundo dados recentes do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), mais de 30% dos veterinários brasileiros relataram utilizar algum tipo de terapia integrativa em suas práticas. Esse aumento no uso dessas abordagens é impulsionado pela crescente demanda por cuidados mais abrangentes e naturais, indicando uma tendência promissora na medicina veterinária brasileira. O veterinário Régis Bergamaschi, professor do curso de Medicina Veterinária, explica que, essas terapias complementares ou alternativas, desempenham um papel significativo na saúde e bem-estar dos pets, tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças. “Elas podem ser usadas em conjunto com a medicina veterinária convencional e podem incluir uma variedade de práticas, como acupuntura, fitoterapia, quiropraxia, massoterapia e nutrição holística”, esclarece. Para o docente e veterinário, a prática oferece diversos benefícios, além de fortalecer o sistema imunológico, melhorar a qualidade de vida de animais idosos ou com condições crônicas, e reduzir os efeitos colaterais de tratamentos convencionais. “Enfatizando a prevenção de doenças, as terapias integrativas oferecem uma abordagem holística para a saúde animal, promovendo o bem-estar geral e proporcionando uma vida mais saudável aos pets”. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina Veterinária Holística (ABMVH), aproximadamente 40% dos tutores de animais de estimação no país já recorreram a terapias integrativas para cuidar de seus pets. Por outro lado, Regis enfatiza que, apesar dos benefícios das terapias integrativas para tratamentos dos pets, elas devem ser tratadas como complementares e não devem substituir completamente a medicina veterinária tradicional em casos de emergência ou condições graves. Confira alguns dos benefícios, segundo o veterinário e docente da Faculdade Anhanguera de São José:

• Acupuntura: Utilizada para tratar dor crônica, artrite, problemas digestivos, e condições neurológicas. A acupuntura pode estimular a liberação de endorfinas e melhorar a circulação;
• Massoterapia e Quiropraxia: Estas práticas podem aliviar dores musculares e articulares, melhorar a mobilidade e reduzir o estresse. Elas são particularmente úteis para pets com artrite ou lesões musculoesqueléticas;
• Fitoterapia: O uso de plantas medicinais pode tratar uma variedade de condições, desde problemas digestivos até doenças da pele. As ervas podem ter propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e antioxidantes;
• Nutrição Holística: Dietas balanceadas e suplementação adequada podem prevenir e tratar doenças crônicas, melhorar o sistema imunológico e aumentar a longevidade do pet;
• Homeopatia: Utiliza substâncias altamente diluídas para estimular a autocura. Pode ser usada para tratar alergias, problemas de pele, distúrbios comportamentais, entre outros.