A sociedade está testemunhando o surgimento de uma nova geração que promete transformar profundamente a forma como vivemos, trabalhamos e aprendemos: a Geração Beta, caracterizada por três características únicas: é a primeira geração que verá o próximo século, a primeira a nascer em um ambiente totalmente imerso em Inteligência Artificial (IA) e a primeira a ser educada com e pela IA.

“Essas transformações trazem questionamentos importantes sobre o modelo educacional tradicional, que precisa se adaptar a um novo contexto tecnológico e cognitivo”, explica o especialista e palestrante Ricardo Dalbosco, lembrando que o debate sobre a adoção de novas ferramentas na educação ocorre em um momento em que também se discute a Lei do Corte dos Celulares nas Escolas, o que levanta questionamentos sobre como equilibrar o uso da tecnologia e o aprendizado nas salas de aula.

Outro fator inédito na história da humanidade é a convivência simultânea de cinco gerações no mercado de trabalho: Baby Boomers, Geração X, Y (Millennials), Z e Alpha. “Essa diversidade etária representa um desafio para empresas, educadores e governos, que precisarão promover integração e colaboração entre pessoas com experiências, expectativas sobre o trabalho e formas de aprendizado distintas”, diz Dalbosco.

Além disso, pela primeira vez, sete gerações coexistem no mundo. Aos Baby Boomers e seus sucessores, soma-se a Geração Silenciosa, os quais muitos habitam as Blue Zones (regiões com a maior longevidade no planeta) – indivíduos com mais de 80 anos, cuja longevidade se tornou cada vez mais comum devido aos avanços da medicina e da qualidade de vida.

Já a ascensão da Geração Beta a partir de 2025 marca o início de uma nova era, onde a inteligência artificial será um elemento central na formação das futuras lideranças e profissionais. Diante desse cenário, o mundo precisará repensar conceitos fundamentais de educação, trabalho, interação social e saúde mental para garantir um futuro mais dinâmico e inclusivo para todas as gerações.