Considerada uma condição autoimune crônica, a doença celíaca é desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio e cevada. O sistema imunológico dessa pessoa portadora da doença, reage ao glúten, causando danos ao revestimento do intestino delgado. Isso prejudica a absorção de nutrientes dos alimentos, levando a diversos problemas de saúde.
Segundo a doutora em Nutrição, Waleska Nishida, a dieta para essa condição precisa ser rigorosa e vitalícia, sem a ingestão do glúten. "Muitos alimentos processados e ultraprocessados podem conter glúten, então é essencial ler cuidadosamente os ingredientes descritos nos rótulos dos produtos. É importante ainda que os utensílios de cozinha sejam exclusivos para o preparo de alimentos isentos de glúten para evitar a contaminação cruzada”, avalia.
A nutricionista explica que manter a dieta sem glúten permite que o revestimento do intestino delgado se recupere e os sintomas melhorem, além de prevenir complicações a longo prazo associadas à doença celíaca não tratada. Waleska indica ainda, que o problema pode surgir tanto em crianças como adultos e inclui sintomas como diarreia, dor de cabeça, barriga inchada, irritabilidade, cansaço e perda de peso. “Para se ter o diagnóstico, a pessoa deve consultar um gastroenterologista, ou clínico geral, que vai avaliar os sinais e sintomas, e solicitar exames para confirmar o diagnóstico, como endoscopia e exames de sangue”, orienta.
Por fim, a nutricionista indica alguns alimentos que podem ser consumidos na dieta para a doença celíaca. “Os principais alimentos sem glúten são as frutas, vegetais, carnes arroz e leguminosas, pois não possuem a proteína em sua composição. Além disso, existem algumas farinhas que podem ser utilizadas para substituir a farinha de trigo ou de centeio (que contêm glúten), como farinha de arroz, farinha de amêndoa ou farinha de mandioca”, indica.
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