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Sábado, 27 de Dezembro 2025
Inteligência Artificial e Aprendizado

Coluna do Vinícius
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Inteligência Artificial e Aprendizado

Inteligência artificial não ensina. Ela amplia quem sabe aprender.

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Existe um erro comum quando falamos de inteligência artificial na educação:

achar que a tecnologia vai substituir o processo de aprender.

Não vai.

IA não cria aprendizado.

Ela potencializa quem já está disposto a aprender.

É aqui que entra a heutagogia o conceito de aprendizagem auto dirigida, em que o aluno deixa de ser receptor e passa a ser protagonista do próprio desenvolvimento. Não se trata de estudar sozinho, mas de assumir responsabilidade pelo próprio caminho.

A inteligência artificial, quando bem aplicada, acelera exatamente isso.

Com IA, o aprendiz consegue:

identificar lacunas de conhecimento em tempo real

aprofundar temas no seu ritmo

testar hipóteses, errar rápido e ajustar

aprender a partir de problemas reais, não apenas de conteúdos prontos

Mas há um ponto central que precisa ser dito com clareza:

IA sem autonomia vira só mais um recurso passivo.

Se o estudante espera que a ferramenta entregue respostas prontas, o aprendizado continua superficial. A tecnologia só funciona quando existe curiosidade, intenção e senso crítico.

Na lógica heutagógica, o papel muda.

O professor deixa de ser o centro da transmissão e passa a ser curador, provocador e orientador.

O aluno aprende a fazer perguntas melhores e não apenas a decorar respostas.

A IA entra como copiloto do aprendizado.

Não decide o caminho, mas amplia possibilidades.

Não substitui o pensamento, mas o desafia.

O risco está no uso acrítico.

Ferramentas de IA podem criar a ilusão de domínio sem compreensão, velocidade sem profundidade, produção sem aprendizado real. É papel das instituições e dos educadores evitar esse atalho perigoso.

Aprender continua sendo um ato humano.

A diferença é que, agora, quem assume o protagonismo tem muito mais alcance.

No fim, a pergunta não é se a inteligência artificial vai mudar a educação.

Ela já mudou.

A pergunta real é:

estamos formando aprendizes dependentes da tecnologia ou pessoas capazes de aprender por conta própria, com ela?

Essa resposta não está na IA.

Está na forma como escolhemos aprender.

Vinícius Reis – Colunista

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Vinícius Reis

Publicado por:

Vinícius Reis

Vinícius Reis - Escrevo porque acredito que a vida de cada um é um roteiro em constante reescrita feito de escolhas imperfeitas, de coragem diária e de capítulos que só fazem sentido depois. Meu compromisso é simples: transformar experiências...

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