Na dose certa, o sol é um grande aliado da saúde: melhora o sistema imunológico, o humor, fortalece os ossos, entre tantos outros benefícios. Mas a falta de cuidados durante a exposição solar, especialmente agora, na temporada de verão, pode causar problemas de saúde imediatos e futuros. O mais temido é o câncer de pele, que responde hoje por 33% dos diagnósticos da doença no Brasil, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O tipo mais comum, o câncer de pele não melanoma, causa poucas mortes mas atinge um número cada vez maior de pessoas. Proteger a pele dos efeitos cada vez mais agressivos da radiação ultravioleta é a melhor estratégia de prevenção. A professora de Biomedicina da UniSociesc Ludmila Vilela Pereira Gomes, mestre em microbiologia e especialista em biomedicina estética dá dicas sobre como manter a saúde da pele na temporada de verão.
Embora o protetor solar seja indicado para uso ao longo do ano todo, o cuidado precisa ser ainda maior no verão: especialmente com mais aplicações ao longo do dia, pois o produto vai perdendo sua eficiência a cada hora de uso.
“Mesmo que a pessoa esteja dentro de casa, ela deve utilizar o protetor solar. A luz visível dos aparelhos eletrônicos (telas de TVs, computadores, celulares, por exemplo) e das lâmpadas, associadas à exposição solar, aceleram o envelhecimento da pele e causam manchas. Portanto, mesmo longe do sol, é indicado o uso de protetores”, ressalta Ludmila.
“Quem está curtindo o verão na praia, rios, piscinas ou simplesmente está praticando mais atividades ao ar livre, precisa ficar muito atento à frequência para repassar o protetor. Normalmente de duas em duas horas ou de três em três horas, observando se há contato com a água também”, alerta.
A professora lembra que outros cuidados importantes com a pele no verão são a hidratação (tanto com a ingestão de água ao longo do dia, quanto com o uso de hidratantes na pele após o banho). “E a gente sempre lembra que as pessoas devem evitar aquela exposição solar direta, contínua e prolongada entre 10 e 16 horas”.
Protetor ou bloqueador: qual a escolha ideal?
A biomédica explica também a diferença entre bloqueadores e protetores solares. “Os bloqueadores são refletores dos raios solares que agem como um espelho na pele. Eles geralmente possuem dióxido de titânio na composição, que é uma substância que cria uma barreira para evitar a passagem dos raios ultravioletas. Já os protetores solares são agentes químicos de uso tópico capazes de dificultar que a radiação danifique a pele”.
Cada pessoa, conforme Ludmila, terá um protetor ou bloqueador ideal, considerando sensibilidade da pele, tonalidade, condição (oleosa, normal, seca, mista), além do local em que será aplicado. Muitas vezes o rosto, pescoço e braços precisam de um tipo de proteção maior porque ficam mais expostos.
Outra alerta que a professora faz é em relação ao uso de cremes e loções após a exposição solar. “Além de beber muita água durante o dia, o uso de produtos com fórmulas calmantes e antiinflamatórias servem para reverter um possível desconforto e o ressecamento da pele, mantendo a hidratação”, explica.
“Além dos protetores ou bloqueadores solares, é importante utilizar acessórios como chapéus, bonés e óculos escuros para se proteger contra os efeitos nocivos da radiação. E para o tratamento das peles sensibilizadas, banhos gelados e aplicação de água termal podem aliviar os sintomas”, aponta.
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