Já encontrou esse animal na praia? São lindas e muitos perigosas! Mas de onde elas vêm? E por que, às vezes, aparecem aos montes nas praias? As caravelas são uma colônia de indivíduos com funções tão específicas que não sobreviveriam sozinhos, ou seja, são vários organismos conectados. Ou seja, o “balão” é um indivíduo e os tentáculos é outro! Elas fazem parte do zooplâncton e vivem na interface entre o mar e o ar. Seus tentáculos podem atingir até 50 metros, e conforme vão sendo arrastadas pelo vento, elas vão paralisando e capturando pequenos peixes e larvas de peixes para se alimentarem.
São encontradas em regiões de águas quentes, tropicais e subtropicais, de todo o oceano! No Brasil já foi encontrada do Amapá até o Rio Grande do Sul! Nessa época do ano em que as temperaturas ficam mais altas, é muito comum encontrá-las no nosso litoral durante nossos monitoramentos diários! Elas geralmente vivem afastadas da costa! Acidentes são mais frequentes no verão, quando mais pessoas frequentam as praias, mas quando sopram ventos fortes de leste e nordeste esses animais chegam a costa. Caso você entre em contato com uma caravela-portuguesa, é importante seguir as seguintes dicas:
● Nunca lave com água doce. Isso ativa ainda mais o veneno;
● Remova, com cuidado, partes dos tentáculos que possam ter ficado presos na pele;
● Para inativar o veneno lave com com soro fisiológico e/ou imersão da lesão em ácido acético a 5% (vinagre) ou álcool isopropílico a 70%, 15 a 30 minutos;
● Se não tiver nada disso, melhor lavar com água do mar;
● Se tiver sintomas mais graves, procure ajuda médica.
O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O objetivo é avaliar possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Australis monitora o Trecho 2 compreendido entre Imbituba e Governador Celso Ramos.
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