Portal de Notícias

Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025
História: Zininho e o coberto de penas

Florianópolis

História: Zininho e o coberto de penas

História de Florianópolis

Imagens
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.

Hoje vamos relembra um passado. Uma história vivida pelo seu Marcio Dison Silva, quando morou no Bairro Sambaqui no distrito de Santa António de Lisboa na região norte da ilha na Capital Catarinse. Ele conta que conheceu o Auto da poesia "Rancho de Amor a Ilha", tempos mas tarde, torno-se o Hino Oficial de Florianópolis.  Nesse pedacinho de terra, perdido no mar!. Vamos lá!

 

Seu Marcio: Assim que deixei a TV fui morar em Sambaqui no Norte da ilha em Florianópolis. Fiquei um ano no dulce far niente. Não tinha despesa, exceto alimentação e cerveja. Quase uma rima, jamais solução. Neste contexto, conheci Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, o compositor de diversas músicas maravilhosas, entre as quais o Rancho do Amor à Ilha. E vem a ser pai de Cláudia Barbosa. Conheci através do Wagner, um sujeito fantástico que habitava as proximidades do Armazém do Seu Vadinho.

Publicidade

Leia Também:

 

(Cláudio Alvim Barbosa), O Zininho!

 

Logo me entrincheirei naquelas conversas de bar com o Zininho. Quando os mais antigos abriam vaga numa cadeira ele me chamava ou me escalava. Estava quase sempre em pé ou na mesa do lado de fora, com meu amigo Robertinho, marido da Ana Cristina Maingué Pires. Era início de inverno e Zininho reclamava do frio. Dizia que não havia cobertor que desse conta de aquecê-lo. De imediato, lembrei dos cobertores de penas de minha avó, que estavam na casa de Sambaqui. Prometi um daqueles para o Cláudio. Ele logo disse, antes de sair: traz amanhã, não vai esquecer. Era sexta-feira, fui para casa e o final de semana se passou, sem que me lembrasse de colocar o cobertor no carro. Segunda fui ao centro pegar uns trocados com uma assessoria e final de tarde disparei para o Vadinho, no Sambaqui. Quando pus os pés no recinto, já se ouviu aquela voz anasalada:

 

As penas do cobertor são de ganso, galinha ou urubu? Gargalhada geral porque Zininho já tinha feito minha caveira, imaginando que não havia cobertor e que a promessa era coisa de mesa de bar. Embaraçado, ainda tentei dizer algo mas a cada desculpa a galhofa generalizava. Nada como um dia depois do outro. Zininho era frequente no Vadinho. Então, dois dias depois, cheguei mais tarde com meu potente chevette, que à época fazia barulho de descarga aberta. Estacionei ao lado do armazém, pedi uma gelada ao César, pela janelinha(quem conheceu, vai lembrar), e disse para um pedacinho de terra perdido no mar:

 

Mestre, Teu cobertor de penas está aqui no carro! Silêncio no recinto, tomei a minha cerveja e chegou o Robertinho, tomamos mais uma e logo apareceu Cláudio, beleza sem par, pedindo pelo cobertor. Abri o porta-malas, ele abraçou-se naquele poema ao luar feito por minha querida avó Herondina, sentiu-se acariciado e não se fez de rogado: Agora me leva em casa porque eu não vou ficar desfilando de cobertor de penas por aí! Zininho é um ser humano angelical! A humanidade deveria se espelhar!

 

 

FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Cláudio Alvim Barbosa), O Zininho!
Comentários:
Célio Roberto Velho

Publicado por:

Célio Roberto Velho

Saiba Mais
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )