Portal de Notícias

Domingo, 08 de Dezembro de 2024
Pandemia pode ter prejudicado saúde mental da população brasileira

Saúde

Pandemia pode ter prejudicado saúde mental da população brasileira

Saúde

IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
De um total de 17,5 mil questionários respondidos, houve uma incidência maior de transtornos mentais entre as mulheres (71,9%). Já a ansiedade afetava 86,5% do total de pessoas que responderam a pesquisa. Leia o relato do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).
Para discutir sobre saúde mental no contexto da pandemia de COVID-19, a Associação Brasileira de Estudos Populacionais e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) promoveram na semana passada (2), a 19ª edição da série de webinários População e Desenvolvimento em Debate. Participaram Ubiraci Matildes de Jesus, coordenadora executiva do Fórum Nacional de Mulheres Negras; Margareth Arilha, pesquisadora do Núcleo de Estudos Populacionais Elza Berquó (NEPO/Unicamp) e Maria Dilma Alves Teodoro, coordenadora Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (DAPES/SAPS/Ministério da Saúde). Maria Dilma compartilhou informações e dados preliminares de um projeto de pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, que teve como objetivo rastrear a existência de depressão, ansiedade e/ou estresse pós-traumático na população brasileira devido à pandemia da COVID-19. “Tivemos um total de 17.500 questionários respondidos e do ponto de vista de dados demográficos, nós tivemos uma incidência maior no sexo feminino, com 71,9%. Tivemos também, uma proporção significativa de ansiedade em 86,5% de todas as pessoas que responderam”, explica a coordenadora Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas (DAPES/SAPS/Ministério da Saúde). A pesquisadora do Núcleo de Estudos Populacionais Elza Berquó (NEPO/Unicamp) Margareth Arilha levou para a discussão fatores sociais que podem ter sido agravados durante o período da pandemia. “A epidemia trouxe uma perspectiva de indagação. Ela indaga a nossa vida cotidiana, as formas como estamos nos relacionando conosco e com o outro, indaga nossas relações afetivas, sexuais e reprodutivas; aponta questões que eram negligenciadas e provoca questões latentes como abandono, solidão, violência, vulnerabilidades de gênero, raça e idade ou aquelas trazidas pelas perspectivas das orientações sexuais.” Incluindo a perspectiva da população negra, a coordenadora executiva do Fórum Nacional de Mulheres Negras, Ubiraci Matildes de Jesus, alerta: “a pandemia só veio retratar e tirar debaixo do tapete uma situação que a gente vem vivendo há algum tempo, que é exatamente a invisibilidade de quem mais usa o Sistema Único de Saúde, ou seja, a população negra brasileira, que corresponde a 80% da população que utiliza o SUS”. “Na minha concepção, não existe a possibilidade de existir uma rede de saúde mental bem equilibrada, com seus CAPS [Centro de Atenção Psicossocial] e RAPS [Rede de Atenção Psicossocial] trabalhando de forma equânime, se a gente desconhece a diversidade da população brasileira”, conclui Ubiraci Matildes de Jesus. A mediação do webinário foi realizada por Junia Quiroga, representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil.
FONTE/CRÉDITOS: Redação Folha de Florianópolis
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação
Comentários:
Redação Folha de Florianópolis

Publicado por:

Redação Folha de Florianópolis

Saiba Mais
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)
Folha de Florianópolis (sua empresa aqui)

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!

Envie sua mensagem, estaremos respondendo assim que possível ; )